Quarta, 05 de Novembro de 2025

Crescimento Exponencial de Uniões entre Pessoas do Mesmo Sexo no Brasil

Dados do Censo 2022 revelam aumento significativo nas uniões homoafetivas ao longo de 12 anos.

05/11/2025 às 13:49
Por: Redação
O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Brasil aumentou em 728% entre 2010 e 2022, conforme informações do Censo de 2022 divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, foram registradas 58 mil uniões homoafetivas, enquanto 2022 contabilizou 480 mil, representando um crescimento significativo. O suplemento Nupcialidade e Família do Censo, divulgado nesta quarta-feira, revela que em 2010 as uniões homoafetivas equivaliam a 0,1% das famílias recenseadas. Já em 2022, esse percentual subiu para 0,7%. Luciane Barros Longo, pesquisadora do IBGE, comentou que o aumento é um reflexo de mudanças sociais e uma maior liberdade para que as pessoas formalizem suas relações. Em 2022, 58% das uniões homoafetivas foram entre mulheres e 42% entre homens. Dentre as 480 mil uniões, incluem-se casamentos religiosos, civis e consensuais, com as últimas englobando uniões estáveis. É importante destacar que, em termos de direito sucessório, a união estável tem a mesma validade de um casamento, apesar de não alterar o estado civil. O IBGE também descreve que 77,6% das uniões homoafetivas eram consensuais, seguidas por casamentos civis (13,5%), civis e religiosos (7,7%) e apenas religiosos (1,2%). Desde 2011, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), as uniões homoafetivas possuem os mesmos direitos das heteroafetivas. A análise do perfil dos cônjuges declara que 47,3% eram brancos, 39% pardos e 12,9% pretos, com amarelos e indígenas totalizando 0,8%. Em relação à religião, 45% dos cônjuges identificavam-se como católicos, 13,6% como evangélicos, 21,9% sem religião, e 19,5% praticavam outras crenças. Comparando com a população geral, 56,7% se declararam católicos e 26,9% evangélicos. Quanto à escolaridade, 42,6% dos cônjuges tinham ensino médio completo ou superior incompleto, 31% possuíam ensino superior completo, 13,4% não tinham instrução ou haviam completado apenas o ensino fundamental incompleto, e 13% tinham o ensino fundamental completo ou médio incompleto.

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